Chamamos de hipoglicemia quando o açúcar no sangue (glicemia) fica abaixo de 70 mg/dL.
Quando o nível de açúcar cai no sangue, o corpo emite alguns sinais e o paciente pode sentir alguns sintomas, como tremores, suores, o coração batendo mais rápido do que o normal, fome, sonolência, entre outros. Em alguns pacientes com Diabetes já existe uma perda de capacidade de sentir esses sintomas associados, o que chamamos de hipoglicemia assintomática. Checar o valor do açúcar no sangue com o aparelho de glicemia é forma de ter certeza que verdadeiramente está ocorrendo uma hipoglicemia.
Isso pode ocorrer com mais frequência em pacientes em tratamento intensivo com insulinas para o Diabetes.
Um erro frequente que observamos em nossa prática clínica, é o fato de muitos pacientes acharem que a melhor forma de corrigir um açúcar baixo no sangue seria comer um alimento doce, como um bolo ou um chocolate. No entanto, esses alimentos são ricos em gordura. A gordura lentifica a absorção do carboidrato pelo corpo. Como resultado, levará mais tempo para o açúcar passar para o sangue, demorando mais para corrigir o problema e, em muitas ocasiões, gerará uma elevação da glicemia duas a três horas após(hiperglicemia).
Para corrigir precisamos repor rapidamente os níveis de açúcar no sangue através de alimentos que contenham carboidrato que será absorvido pelo organismo de forma rápida:
– Ingerir 15g a 20g de carboidrato simples (1 colher de sopa de açúcar diluída em água ou 200 mL de suco com açúcar ou uma colher de sopa de mel ou 200 mL de refrigerante com açúcar)
Aguarde 15 minutos (os sintomas permanecem por um tempo, mesmo após o açúcar no sangue voltar ao normal) e meça novamente a sua glicemia.
– se glicemia > 70 mg/dL – comer ou antecipar a próxima refeição
– se glicemia < 70 mg/dL – voltar para o primeiro passo
Corrigir corretamente um evento de hipoglicemia diminuiu a
possibilidade de hiperglicemias rebotes e ajuda a diminuir a variabilidade
glicêmica!
Dra. Denise graduou-se em Medicina na Universidade de Pernambuco em 2005. Preceptora do programa de Residência Médica em Clínica Médica do HBDF desde 2015.